A cultura árabe na Idade Média

Os árabe criaram um verdadeiro império comercial. Os produtos transportados por eles iam e viam do Extremo Oriente, da Ásia Central, da África, da Europa Central e Ocidental. Surgiram assim grandes centros mercantis, como: Bagdad, Cairo, Córdova, Kairouan, Boukara, Bassorah, Damasco, Fez. Nessas localidades desenvolveu-se uma produção de artigos refinados: sedas, tapetes, couros, armas etc.

Os árabes introduziram no Ocidente, principalmente na Espanha, novas culturas. As principais foram: cânhamo, amoreira, algodoeiro, cana-de-açúcar, laranjeira, limoeiro e arroz. Trouxeram também novos processos de cultivo: açude, levada, azenha e nora; e industrias: mosaico, cerâmica e vidro. Os sistemas de irrigação de Huerta, em Valência, os couros e sedas de Córdova, as armas de Toledo são outros sinais de destaque dessa florescente atividade agrícola e industrial.

A arte muçulmana não é muito original, pois desenvolveu-se sob a influência de muitas outras. Sua contribuição mais significativa pode ser encontrada na arquitetura das mesquitas, nos minaretes, nos arabescos para ilustração e decoração. A proibição muçulmana de representar formas vivas prejudicou o desenvolvimento da cultura e da escultura.

Já no campo das ciências, a contribuição muçulmana é significativa. Os árabes cultivavam a Astronomia, a matemática, a química e a física. Inventaram o ácido sulfúrico e o álcool. Introduziram os algarismos hindus, depois denominados arábicos.

Na Literatura, destacaram-se os contos AS MIL E UMA NOITES, o LIVRO DOS REIS e RUBAYAT, de Omar Khayan. Na filosofia, surgiu uma grande figura: Averroes (1126-1198), médico  e filosofo de Córdova, que traduziu as obras de Aristóteles para a língua árabe e introduziu-as no Ocidente.

In: ARRUDA. José Jobson de A. História Antiga e Medieval. 14ª edição, São Paulo: 1991, editora ática, p. 312.

 

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